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GRUPO SOPHIA - Apoio Terapêutico Vivencial a pessoas com diagnóstico e sobrevivência ao câncer

Atualizado: 28 de fev. de 2022



O que 'eu' posso Doar para o Mundo?

Essa é a pergunta que norteia esse trabalho voluntário.


Esse grupo surgiu após um momento bastante reflexivo, triste, e consciente da morte, após o terceiro diagnóstico de câncer na minha família.

O primeiro diagnóstico foi com minha mãe.

O segundo diagnóstico com uma irmã mais velha.

Ambos com morte.


O terceiro diagnóstico é recente, foi no segundo semestre de 2021, e, com uma irmã mais nova. Só que agora, além do medo, das lágrimas, buscamos novos recursos e novos tratamentos: desde os grupos de orações - que foram muitos, as terapêuticas sistêmica e integrativa, a medicina antroposófica, a cirurgia espiritual e a cirurgia física com sucesso!


E, agora - surgem novos desafios e novos aprendizados!

Ainda estou falando da minha origem, do meu sistema familiar com mãe, irmã mais velha, irmã mais nova e o câncer...


Como lidar com essa nova oportunidade da vida?

O que acontece neste novo lugar, para o paciente e familiares, cuidadores?


O Grupo Sophia foi um impulso pessoal!


Mas em poucos dias transformou-se numa ação coletiva - com pessoas conhecidas, outras desconhecidas e com os querido@s terapeutas convidados e super voluntário@s para a realização da tarefa social.


Muito Obrigada a todo@s!

O Grupo Sophia - está a serviço da vida!


Seja receptivo ao Apoio Social.


Eu, Eliane, faço um convite a todas as pessoas que querem voluntariar, estudar, aprofundar e compartilhar as novas descobertas da ciência, as novas medicações, os tratamentos complementares, a vivência com a prática da espiritualidade, a ação do amor - com todos que estão nessa condição sobrevivência ao câncer.


O Trabalho Voluntário

O trabalho voluntário tem a ver com o equilibrio entre o dar e tomar.

O que o voluntário obtém em troca do seu envolvimento e seus esforços?

O trabalho voluntário é mais fácil quando o voluntário concorda, de antemão, a não receber “nada” em troca.

Se o voluntário, inconscientemente, pede uma gratificação, existe a possibilidade de que comece a se sentir melhor do que o resto.

Às vezes, você vê essa forma velada de superioridade em organizações de voluntariado, e, consequentemente, é difícil lidar com isso ou manter uma coesão no sistema.


Ercília Alves de Macedo Lima (mãe)


Só há um templo no mundo e é o corpo humano.

Nada é mais sagrado que esta forma sublime.

Inclinar-se diante de um homem é fazer homenagem a esta revelação na carne.

Toca-se o céu quando se toca um corpo humano.

(Friedrich Novalis)



O Trabalho na Assistência em Saúde

Trabalhar em saúde exige duas grandes formas de autodisciplina.


A primeira é não se sentir melhor do que os pacientes e a família deles.

Se a parentificação ocorrer, fica difícil para o paciente melhorar.


A segunda é cuidar bem de si mesmo.


Se o seu trabalho o esgota, como poderá ajudar o seu paciente melhorar?


Muitas vezes, vimos um padrão profundamente arraigado na assistência em saúde.

Uma frase sistêmica oculta que diz o seguinte:

“Quando eu o ajudo, eu me sinto melhor”.

Essa frase parece ter permanecido no sistema de assistência em saúde da Holanda por dois mil anos.

(Jan Jakob Stam e Bibi Schreuder)


A leitura do nosso corpo é uma leitura infinita.


Quando interpretamos o Livro do Corpo, podemos fazer uma leitura que nos mate.


Vamos a um médico e saímos de lá com uma doença que não tínhamos antes.

Por isso, o diagnóstico é tão importante, porque é uma informação que se imprime no corpo.

Daí a importância de propor a um doente, a alguém que sofre, interpretações diferentes de seus sintomas.

Não aprisioná-lo em seus sintomas.

Dizer-lhe a verdade.

Dizer-lhe, por exemplo, que ele tem os sintomas de um câncer, de uma doença grave, mas que não é somente um canceroso.

Ele é uma pessoa que precisa enfrentar esta doença.

E que pode fazer desta doença uma ocasião de consciência, de transformação.

(Jean-Yves Leloup - O corpo e seus símbolos. p. 114-115)


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