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Foto do escritorEliane Macedo Lima

Os Três Grandes Campos a serem abordados nas Relações de Casal

Atualizado: 19 de jul. de 2021


Segundo o terapeuta e escritor Joan Garriga Bacardi, existem três campos de feridas e assuntos pendentes não resolvidos que orientam o trabalho terapêutico com o propósito de manifestá-los e integrá-los.

O universo infantil, o universo de nossas feridas adultas, e o universo do sistema familiar com os comportamentos transbiográficos e transgeracionais.


O Primeiro Campo - de feridas e assuntos pendentes que tratamos em terapia é o da infância, esse universo infantil com seus aprendizados, a relação com seus pais, os cuidados recebidos, ou os seus problemas, traumas e abusos. Essa prioridade se dá porque o estilo de apego da criança e o tipo de relação que estabelece com seus pais influenciarão de maneira capital todos os âmbitos da vida adulta, em especial a dança relacional que estabelecerá em futuras relações de casal.


O Segundo Campo - o universo de nossas feridas adultas, no que diz respeito às relações de casal é o das experiências ou situações que acontecem quando somos adultos e nos obrigam a assumir a responsabilidade do que acontece: separações não resolvidas, abortos não integrados, sexualidade não consentida, reviravoltas econômicas, morte de familiares, acidentes, infidelidades, desequilíbrio nas trocas, traumas, mudanças, doenças, acidentes, violências sofridas, etc.

Outro capítulo importante que afeta os casais em idade adulta é a impossibilidade de ter filhos, por parte de um ou de outro.


O Terceiro Campo - o universo dos traumas e padrões transbiográficos e transgeracionais, em uma relação de casal, podem ser influenciados por nossos padrões infantis ou por nossas experiências de vida adulta. Por trás de cada um de nós existe uma árvore genealógica carregada com uma infinidade de vivências com nossos pais , avós maternos e paternos, e daqueles que vieram antes deles.


Muitas mulheres sentem raiva em nome de outras mulheres de seu sistema, assim como a dos homens ausentes, cheios de culpa e fragilizados pela ausência afetiva de seus pais ou de seus avós. Fica clara a necessidade de realizar progressos com relação ao respeito, à cooperação e à confiança mútua.

Sentimos o que sentimos.

Vivemos como vivemos e não é que escolhemos viver assim, é que acontece assim sem que tenhamos muito poder de ação até que desvelamos as tramas sutis de nossas vidas de relação em função de assuntos genealógicos que nos antecedem.


Se analisamos nossa vida no microscópio das constelações familiares, costumamos ver que nossas dificuldades em uma relação tendem a se encaixar com frequência no padrão de vivências amorosas dos que vieram antes de nós, bem como os assuntos que ficaram pendentes.


(Joan Garriga Bacardí - no livro Bailando Juntos - A face oculta do amor no casal e na família)





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